17 fevereiro 2010

Encurtando distâncias


Novo semestre à porta. Novo ano a ser vivido.E eu por aqui. Sou a mesma e sobrevivi!!!
Olhando o mundo da caixinha reparo quanta vida já passou, quanta vida já vivi nestes últimos tempos e querem saber, estou bem! Muito bem!
Na faculdade arrumei a caixinha toda, limpinho. Agora aproxima-se a 2ª batalha. Trago comigo algumas feridas mas entretanto também já trago a experiência e as manhas, que a bem da verdade, apanho rápido, para escapar ilesa a situações de confronto mais perigosas.
O ano que passou não foi fácil, foi duro até. Foi bastante solitário e sôfrego. Tudo passou a correr e sem dar por mim as coisas realmente importantes escapavam-se-me entre os dedos e perdiam-se no tempo que eu aprendi a contar.
Sinto-me bem. Solta. Leve. Curiosa.
Arrumei umas outras coisas. Estavam tão desarrumadas, meu Deus. Julgo que fiz alguns estragos, mas tinham de ser feitos, é duro esta coisa de aprender que todos os nossos movimentos têm as suas consequências e nós, só nós temos de saber viver e sobreviver com elas.
É, porém, engraçado, sentirmos esta capacidade de desafiar a vida.
E é assim que me sinto desde o inicio deste ano. Sinto-me inteiramente mais livre...e é bom.
Virei um capitulo da vida.
Sinto que é unânime em e em todos os que me rodeiam. Nos objectos, nas pessoas, nas dinâmicas do dia a dia, nos sentimentos, em tudo, tudo. E no entanto, tal como disse, aqui estou. A mesma.
É esta a arte que nunca vou querer desaprender. A capacidade de lidar com a mudança sem que para isso me tenha que modificar. Parece impossível não é? Mas não é! Garanto-vos! Não é é fácil, mas eu cá tambem nunca gostei de coisas fáceis!
A essência raramente muda, mudam os pormenores que juntos, ao longo do caminho, se tornam pormaiores e tornam a vida útil e construtiva.
Adivinho e anseio breves mudanças num capitulo muito importante da minha vida: o trabalho.
Já repararam bem: o dia tem 24h, sendo que 8 devem ser destinadas a dormir, ficamos com 16, dessas 16 tiremos 2h para o caminho que fazemos casa-trabalho-trabalho-casa, com pequenos almoços e escolha de roupa incluída (lol), sobram-nos 14h, das 14h, 9, normalmente são passadas no local de trabalho, restam-nos 5 horas para: viver e partilhar. Ora, se o trabalho nos leva o horário nobre e ainda para mais, mais horas do que qualquer outra actividade é bom, recomenda-se vivamente para a saúde mental das pessoas, que façamos alguma coisa que seja do nosso agrado. Certo? Pois bem, é nisso que estou a trabalhar agora.
Entretanto à que estudar tambem, pois como dizia a avó Maria do Carmo, "sem estudar não se vai lá", pessoalmente nunca entendi muito bem o "lá", mas isso devia ser por não saber o que me iria agudizar o espírito durante as 9 horas do dia em que temos de ganhar tostões. O que claro está, ainda hoje não sei bem , mas já começa a ganhar forma essa visão, pelo menos a curto prazo. Depois? Depois logo se vê... pode ser que apareçam outras visões e assim me vá entretendo durante os quase 50 anos que me faltam para a reforma, que como é do conhecimento geral, muitas duvidas existem quanto a hipótese de a ter!
Entretanto, morro de saudades tuas oh minha espanhola! Isso é que me custa mesmo! Mas vá... eu sei que é a vida e se queres saber, assim que começarem as aulas o tempo fica ainda mais reduzido e a bem da verdade se cá tivesses haveriam de passar dias e eu não te via.
Mas havemos de ter tempo, tempo e mais tempo para nos "devorarmos", certo?
Back to the roots!! ;)
A tua mãe está feliz, com saudades tuas, mas muito feliz!

Fim de post.

:)