29 abril 2009

O Vôo



E ela disse:
- Vai. Voa. Tira a carapaça e sem medos agarra a vida. Chegou a tua hora.

- Mas e se eu ainda tiver medo...

- Medo? De quê?!

- De não saber voar sem a ti.

- Saberás com certeza. De outra forma nunca deixarás de planar. Apenas.

E tu queres mais, muito mais...

- Sim.Eu quero voar.Voar muito. Cansar-me de tanto bater as assas...

- Não olhes para trás.

-Não. Nunca mais.

- Vai. Força!!

- " E entre o aqui e o agora não crês que podemos ver-nos uma ou duas vezes...?"

- Veremo-nos. Todas as vezes que te encontrares a planar ...

E eu disse:

-Adeus...Tens razão, tenho mesmo de ir. O tempo não espera e eu quero, preciso devora-lo.Obrigada por me teres ensinado a voar. E por me teres ensinado a partir...

27 abril 2009

Daassss...


Há pesosoas stressadinhas com a mania que são espertas que me irritam bué!
Trabalham comigo!
Depois existem as outras, que não irritam, desiludem-me!
E essas não trabalham comigo!


25 de Abril 2007


Passaram 2 anos. Não contei os meses, as semanas, os dias, as horas, mas senti-os. Senti-os brutalmente a pesar sobre o meu corpo, tão jovem ainda. Senti-os a pesar sobre esta alma tão tenra e ainda tão dependente de ti quando partis-te. Porque foi tudo muito rápido, bruto. Sem aviso. Foi muito forte…
Hoje, sinto verdadeiramente que partis-te. Que foste embora. Que a tua vida acabou mas que a minha não. E que é assim que tem de ser, por mais que doa cá dentro, por mais que insista em viver com a certeza que num lugar ou noutro eu hei-de-te encontrar mais uma vez, para dizer-te, sem qualquer embaraço o quanto te amei, o quanto te amo ainda e o quanto me deste nessa tua vida com tanto sentido.
Começo também agora a ter a certeza que sentis-te tudo isto na hora da tua morte. Foste doce, tão doce…
Ás vezes dou por mim com o olhar perdido quando vejo um neto e uma avó a brincarem, a discutir, a conversar ou somente a existirem. Apetece-me lembrar-lhes a sorte que têm em poderem sentir-se, tocar-se, cheirar-se, porque nós, netos, esquecemos-nos que os avós têm um tempo mais reduzido e que talvez também por isso sejam eles os adultos com mais tempo do mundo para nós. Porque eles dão valor ao tempo. Bem sei que não são todos… mas tu foste.
Hoje a casa está diferente. Tenho o meu espaço. Haverias de ter orgulho em mim…
Nem sempre é fácil. Á vezes ainda fraquejo. Era uma menina muito mimada, bem sabes.
Mas neste caminho que percorri aprendendo a lidar com a tua ausência e com tudo aquilo que ela provocou em mim, na nossa casa, nas nossas vidas, tornei-me uma Mulher.
Passados dois anos, assumo pacificamente que o teu colo não está mais aqui. Nem mesmo para mim. No entanto, ao fim de dois anos, também tenho a certeza que jamais te deixarei morrer, é impossível. Sentimos-te muitas vezes quando estamos juntos. Falamos de ti e brindamos à tua vida. À vida fantástica que nos proporcionas-te!
E no final de contas é isso que importa. Foi isso que nos ensinas-te também.
A nossa vida, por aqui, continua.
E tu…tu viverás para sempre dentro de mim. Em paz.
A morte também faz parte da vida!
Penso que hoje arrumo uma caixinha. A caixinha que te pertence.
Amo-te avó!

22 abril 2009

Fuck you! Fuck you very very much...

Só Deus sabe como te amo. Mas também só Deus sabe como me consegues tirar do serio...
Hoje irritaste-me muito. Muito mesmo. E por isso, especialmente para TI, posto a lily.
Directamente do meu coração, do mesmo onde sai todo o meu amor:


21 abril 2009

O Desejo mais sincero

Quero ser o teu amigo.
Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade,
sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar. E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...
Fernando Pessoa

20 abril 2009

Teremos sempre PARIS!

Ementa:
1 - Tortilla à la Rita
2- Pão e queijo
3- Salada às 3
&
Tinto alentejo

Na 5ª Feira passada,reencontramos as 3 um enorme pedaço das nossas vidas. Eu , a S. e a R. Foi uma noite à antiga, onde levamos ao limite todos os nossos sentimentos, todas as nossas acções e sobretudo a enorme amizade que felizmente ainda nos une!

A vida impõe que a ausência física seja sempre maior amanhã que hoje. O tempo é cruel. Já não somos mais aquelas adolescentes inconscientes e dependentes. Não, não somos. Mas somos hoje muito mais do que fomos em tempo algum...

Foi tão bom o reencontro. Todas as lágrimas e sorrisos que se soltaram saíram do riacho mais inocente que ainda habita em mim, saíram da saudade infinita que vou sentido da vida que passou, que foi intensamente vivida e que não volta mais, mas sobretudo, saíram da alegria enorme que sinto por vos ter na minha vida. Não interessam as diferenças, as mudanças, as feridas, os encontrões, as distâncias, a dor... não interessam nada. Nós somos enormes. E a nossa amizade é proporcional a todo este nosso tamanho!

Um bem haja a vós, minhas queridas amigas!

Nota: A noite foi longa. Entornamos, sem querer (juro!), 4 litros de tinto. Siga a contagem...
Continuamos umas "alarvezinhas" =)

14 abril 2009

Tempo


Já lá vão alguns dias, semanas, quase um mês que não visito a minha estimada caixinha.
O tempo tem sido curto e a vida veloz. Muito veloz e intensa!
As palavras, essas, também não querem sair. E assim se vai vivendo...
Entre umas finais vencidas e outras perdidas, arranja-se tempo para comemorar as vitórias e nos aconchegarmos nas derrotas. Arranja-se tempo para darmos o nosso melhor a alguns estimados amigos, arranja-se tempo para arrumar, para pôr em ordem, arranja-se, sobretudo neste fim de semana que passou, tempo para não pensarmos no tempo e para mim, actualmente, não há nada melhor que isso : Ter TEMPO para não pensar no TEMPO!


by the way....I'm a Champion now!!!



:)