29 abril 2010

Breathe...

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Estou farta de perder aquilo que quero realmente: a vida!
Estou muito cansada.
Ninguem disse que era fácil mas mais do que difícil, parece-me agora infeliz.
E eu lido mal, muito mal com a infelicidade.

E se desistir??

...

26 abril 2010

25 de Abril de 2010

O dia passou. E passou-se bem. Casa cheia. O avô veio almoçar e trouxe com ele a dor da perda de uma companheira de vida. A sua mulher, a sua amiga,a nossa avó Mariana.
Nós arrancamos-lhe sorrisos e ele lá os foi soltando, distraído.
O mano fez favas para todos e estava radioso, tal e qual uma criança.
A mãe, estava tal e qual um copo de cristal. Linda, de sorriso no rosto e orgulhosa de tudo aquilo que somos,os dois. Sentimos tudo isso nela e sentimos tambem que, tal e qual como um belo copo de cristal, a um toque mais brusco, quebraria.
Curioso, constatamos hoje, os dois, que as nossas duas avós partiram no mesmo mês e com a mesma idade. Separam-nas, na sua hora certa, três anos.
Mas muito mais é o que as separam nos nossos corações.
Não é que queira comparar o incomparável mas este facto vinca a minha certeza que amamos as pessoas pelo que elas são na nossa vida e não por o grau de parentesco que nos unem.
Amamo-las por tudo aquilo que elas deixam em nós e por tudo aquilo que levam de nós.
Para mim é esta a história dos afectos.
Ambas foram minhas avós nas mesmas condições biológicas e amei-as , porque assim é suposto mas a avó Maria deixou e levou muito mais.
Hoje cumprem-se três anos desde que nos deixou. A sua falta é sentida por todos e todos sabemos disso.Talvez por isso o mano tenha organizado este almoço.
Pela primeira vez passamos este dia juntos, em familia, pela primeira vez a mãe conseguiu passar este dia em casa, na casa que é minha hoje mas que durante uma vida foi nossa. E dela tambem. Uma casa cheia de recordações, um casa cheia de vida, cheia da nossa vida!
Depois de almoço fomos as duas pôr uma flor bonita e alegre ao cemitério. Sentamo-nos e recordamo-la,as duas. Não choramos.
A minha mãe estava com o coração cheio e eu... estou feliz.
Aceitar a morte de alguém que amamos profundamente é um processo e só ao processa-lo com êxito conseguimos eternizar na nossa alma as vidas fisicamente acabadas.
Tu vives em mim e onde quer que estejas, quero muito que saibas que estou feita uma mulher responsável mas que continuo a ter a sede de viver de uma criança, muito, muito feliz.
Obrigada por nos teres ensinado aos três que o mais importante nesta vida é o mais simples:
é vivermos todos os dias para sermos felizes!
Descansa a tua alma.



24 abril 2010

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Estou com uma paixão platónica daquelas...

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Pena ser minha professora. Mas podia não ser :)

23 abril 2010

Esta posta contém bolinha


São 3 da manhã. Acabei agora um trabalho com data de entrega para amanhã.
Amanhã, ás 8h está a acordar para ir trabalhar.
Eu mereço...

Feitiozinho de merda,este meu.
Deixo tudo para a última.
Isto tem de mudar. Tem de mudar...

Só me aptecer gritar bem alto: FODA-SE!!!!!

Amanhã vai ser bonito.É que eu sou como os putos, se não durmo...afastem-se!

Outra vez: FODA-SE!!!!

22 abril 2010

Sei um Ninho

Sei um ninho.
E o ninho tem um ovo.
E o ovo, redondinho,
Tem lá dentro um passarinho
Novo.

Mas escusam de me atentar:
Nem o tiro, nem o ensino.
Quero ser um bom menino
E guardar
Este segredo comigo.
E ter depois um amigo
Que faça o pino
A voar...

Miguel Torga

21 abril 2010

Concha Buika

Completamente apaixonada ...



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O Facebook e a Nostálgia

O Facebook foi a inovação tecnológica social que mais me agradou até hoje. Há quem diga que é brega, que é um fenómeno estúpido, um vicio "virtual" que rouba o tempo da vida que, deve ser vivida. Engraçado é não ouvir com tanta frequência que, na maior parte dos casos, rouba é o patrão que nos paga o ordenado, mas enfim...cada um analisa da forma que mais lhe convém. Tenho aprendido através do método empírico que tudo nesta vida, tudo aquilo que é demais faz mal, ou melhor, não é saudável e por isso, sim, para aqueles que se esquecem de "a" viver, aconselho a fazerem o "offline" o mais urgentemente possível, pois a vida "lá" fora continua, sem sombras de dúvida, a ser deveras mais interessante. No entanto, para mim, para o presente que vivo, o facebook ajuda-me. Ajuda-me bastante a encurtar distâncias físicas, ajuda a manter-me ligada aos pequenos nadas que unem os amigos, tal como fazíamos nos tempos de escola, em que a nossa presença era constante e que as conversas emergiam da necessidade de evitar o silêncio.Fazíamos parte da vida uns dos outros, e sem o "nós", os dias não tinham piada nenhuma. Há medida que crescemos, é normal, dizem, as prioridades (re)definem-se e o tempo é contada para tudo e a vida a pouco e pouco vai-se limitando ao trabalho, à casa, aos filhos, à familia e de vez em quando lá permitimos sentir aquela nostalgia desses nossos amigos, desses nossos tempos e lá nos vamos encontrado, entre o aqui e o ali. Sinceramente, não me vejo inserida nesse prototipo de pessoa, mas entendo que a maior parte assim o seja. Cada um deve ir de encontro ás suas necessidades, aos seus desejos e não julgo nem um pouco que seja mais feliz do que os restantes, pois viver como eu vivo também tem as suas consequências. Mas eu gosto. Hoje, através do facebook, foi-me permitido recordar uma parte de mim, da minha vida, da minha mais profunda intimidade. Hoje permito-me entregar ao estado nostálgico que há muito tempo deixei para trás... São estas coisas bonitas que o facebook me dá. Um amigo de escola, daqueles que ficam para sempre cá dentro mesmo depois das vidas tomarem percursos completamente distintos e que voltamos a reencontrar no facebook, publicou um álbum com fotos nossas. Assustei-me quando vi a data daquelas nossas férias pioneiras. Passaram-se 11 anos... e eu consegui sentir tudo aquilo que (re)vi. Fomos um grupo fantástico, e há 11 anos não sabíamos o que nos unia, não sabiamos o nome das coisas, mas hoje eu soube. É a cumplicidade. Foi a cumplicidade que nos definiu como amigos e que nos permitiu criar estes laços, que, passados 11 anos fizeram com que um de nós se desse ao trabalho de digitalizar uma quantidade de fotos e as publica-se, para que nos recordasemos como fomos felizes e quem sabe, para não o esquecermos. Hoje, estão uns para cada lado, uns mais próximos outros mais distantes mas não duvido que não tenhamos todos sentido o mesmo ao rever aquele álbum. Foram as melhores férias da minha vida. Ali, naquele sitio, a seguir aquelas, passaram-se muitas outras, mas aquelas foram as primeiras. De todos eles, sou talvez a que mais história trago comigo de tudo aquilo. Eu e mais outro. Tudo aquilo se construi através de nós e igualmente tudo se destrui por nós. Não lamento nada, é o ciclo da vida,tinha de ser assim, eramos jovens, muito tenros, cheios de curiosidade sobre a vida e ainda assim fomos uns duros... Ali vivemos intensamente o nosso primeiro amor. O meu e o teu. Recordo como se fosse hoje o "não" que a minha mãe me deu. Não queria que eu fosse para a tua casa de férias... foi a tua mãe quem a convenceu e nessa noite, depois de finalmente ouvir o "sim", quase não dormi. Hoje entendo todos os seus receio, mas na verdade, não faziam qualquer sentido. Já tínhamos a nossa história, a nossa cumplicidade já estava conquistada fazia tempo e eu só pensava era na paródia que seria "nós" todos em Montargil, meu deus! Que felicidade! Eramos muito maduros para a nossa altura, sabias? Temos muito poucas fotos nossas no álbum , essas eramos nós que tirávamos e eu tenho-as comigo. Tu ficas-te com outras tantas. Não me recordo da ultima vez que olhei para elas. Guardei-as numa caixa, que um dia finalmente consegui fechar. Hoje a nostalgia apoderou-se de mim como um monstro. E eu não me importo nada. Não há dor nenhuma. Há sim a confirmação de que já vivi alguma coisa. Falta-me tanto, falta-me ainda quase tudo, mas é bom constatar que o que vivi foi bom, foi forte, deixou recordações em todos com quem me cruzei e nisso sou uma afortunada. Se há coisa que eu sei que tenho nesta vida, são amigos. Não são os 200 que tenho no facebook, mas tenho alguns. E estimo-os, pois para mim, a amizade é o sentimento mais nobre de todos. Ela está em todas as nossas relações. Os tempo que hoje voltamos a recordar deixaram-nos saudades porque fomos felizes e se isto é a nostalgia, então quero ser nostálgica o resto da vida.

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17 abril 2010

P.s

E odeio este Layout!
Das duas uma: ou fecho a caixinha ou mudo urgentemente de imagem .

De passagem

Pondero seriamente fechar a caixinha.
Só tu me prendes a ela. É que me falta o tempo. Sinto a falta de poder gozar e explorar as minhas paixões. Ter tempo para apreciar a beleza das minhas necessidades, dos meus pequenos encantos, daquilo que me sossega o espírito...

Esta semana foi dura. Muito dura. Já tenho outra avó no céu e por aqui, cada vez sinto que caminho melhor.
Estarão as duas certamente em paz.
Sabes? Esta falta de tempo começa a servir-me para lembrar-me o quanto eu adoro VIVER!!

É que acho que durante uns tempos, andei esquecida. Esquecida de lembrar.

01 abril 2010

Vontades

Bolas... hoje estou fera!
Seria bastante arriscado sair à rua :)
Estou danadiha, danadinha ....

Madrid




Ela adormeceu ao meu colo. O pai diz que estava estoirada, pois quando assim é , pelos vistos, consegue dormir sem chucha. E assim foi. Foi um dia em cheio.
Pensei que seria possível estudar nas tardes mas é impossível, ela gosta de atenção e eu gosto de dar. A mãe foi trabalhar, o pai e o padrinho tiveram a tarde toda no escritório a jogar computador e eu e ela passamos tarde no "dolce faire niente".
Agora deitei-a e os homens foram fazer o jantar, qualquer coisa venezuelana, que eu devo adorar com certeza.
O estudo continua pousado por cima da mesa, avança lentamente, tipo preguiça à minha espera. À espera da noite que espero que seja longa.
Deveria estar preocupada, mas não estou.Estou quieta, tranquila.
A minha Sara é linda!
Gosto do que ela me faz sentir...
À medida que a vida vai correndo, cada vez tenho mais enraizada em mim a certeza de que não deve haver nada mais lindo e difícil nesta vida do que ser mãe!
É o amor, é a cumplicidade, a necessidade, a ternura, a dependência e o medo...tanto medo que algo lhe possa acontecer.
É preciso coragem!
Enfim... um desabafo!
O jantar está na mesa! :)