30 outubro 2010

Nota:

Acho mesmo que aquela história de "seguirmos o nosso coração" é verdade...
A vida, a seu tempo, acaba por no ajeitar, de uma forma ou de outra. É só seguirmos o nosso coração.
E até pode ser  fácil!

28 outubro 2010

Inspira, expira. inspira, expira...

Merda! Odeio quando quero uma coisa e não consigo! Odeio! Odeio! Odeio!
Falhei o desafio e sei que o entendo na perfeição.

Actualmente, a minha disponibilidade é nula.
E não, não é uma escapatória ao fracasso. Desta vez não é. É mesmo o desinteresse, a urgência que surge em envolver-me e desenvolver outras paragens da minha vida. Mas sim... sei que esta deve ser e é a mais importante,blá,blá,blá,blá...mas quando não há disponibilidade, este raio deste feitio, dificulta-me a vida de uma forma absurda!

BAAHHHHHHH!!!!

Só me aptece é por no pause. Ir ali viver um bocadinho e depois retomar à agitação.
E eu sou tão, mas tão teimosa, que na verdade, tenho medo de mim... das consequências dos meus actos.

Alguém faz ideia da dificuldade que é estudar à noite, trabalhar durante o dia, ter uma casa para tratar,sozinha! Comer, beber,auto disciplinar-me e ainda ter tempo para... sim, isso mesmo!!!!
Amar, falo de amar.
Olha que belo timing para tu, meu coração vadio, decidires acordar  para a vida!

E sim, tambem sei que posso fazer o que der e o que não der vou fazendo, mas e depois? Lidar com o falhanço? E o tempo que ando a perder...?? Naaaa, não consigo! Ainda.
Hoje não está fácil.
Hoje é o dia em que agarro nesta caixinha e mando-a com todas as minhas forças contra a parede.
"Coisinha" que pariu, que a parede nem sequer fala!!!!!!!!

P.s- Espero que amanha faça sol!

27 outubro 2010

The chapter

A preguiça, mais uma vez, ganha pontos. Eu ultimamente não me ralo com ela. Sim, eu sei que me vai sair caro, mas ela está mais forte.Ou... estarei eu mais fraca?
Se estou, não o sinto. Sinto-me bem... estupidamente bem. Mas é mais provável que sim, que esteja eu mais fraca.
Tenho muita coisa pendente, tenho muitas decisões em jogo, tenho uma serie de oportunidades na minha mão e eu... pela primeira vez na vida não sinto medo de nada.
Pareço e na verdade, modéstia à parte, sou uma pessoa forte, corajosa, que enfrentei sempre a vida de peito aberto o que nem sempre é propriamente bom ou construtivo. Mas é assim que sou e fui aprendendo a não esconder-me em capas falsas, só porque é de bom tom, esconder-me.
Da mesma forma assumo que sou alguém que sempre viveu com os pés bem assentes na terra firme, no entanto e apesar da força, da coragem e de tudo o mais, nem sempre foi pelo meu mais sincero desejo.
Se é certo que tenho muita coragem, creio que está na altura de assumir que tambem é certo que tenho tido muito medo.
Julgo tratar-se dos efeitos da enorme liberdade que desde muito cedo conquistei, não da liberdade em si, das coisas fantásticas que ela me deu, mas do que veio de arrasto com ela, aquela palavra que aqui em casa sempre andou de mão dada com a liberdade :  a responsabilidade.
Eu julgo que seja disso, mas não sei. Vou descobrir e não terei medo do que vier. Está na altura. Eu sinto-o.



E se o todos os caminhos estivessem identificados com estas placas..?
Qual seria o sentido?
Seria o outro, com certeza!




22 outubro 2010

Ilusão ?

Tenho vivido intensamente tudo o que a vida se tem encarregado de me oferecer. Nem tudo é bom mas nem tudo é mau. Simplesmente, é. As coisas existem, a vida é isto.
Olho para trás, e consigo sentir que entendo agora muito melhor, ou pelo menos de uma forma, que, a mim, me agrada mais, o que é a vida. O que andamos todos nós aqui a fazer, uns com uns objectivos, outros com outros, no entanto, todos com o dever de viver e sobreviver muitas vezes em situações que não queremos encarar como nossas, pois não fazem parte da ilusão, que vamos construindo ao longo do caminho.
Tal como diria o "Homem-Elefante", então "não será tudo isto uma ilusão"?  Sim, provavelmente será, pois na realidade todos sabemos, que o que temos de mais certo, é o fim. Mas é dessa ilusão que são feitos os sonhos, é dessa ilusão que a obra nasce, que as palavras existem, que os sentimentos se exprimem, que a dor aparece, que o medo nos corroí, por vezes, a alma. Parece-me tambem que é  igualmente dessa ilusão, da matéria que ela é feita, que vem a nossa capacidade de ultrapassarmos aquilo que não queremos para nós. Será portanto a ilusão que tanto necessitamos, que nos orienta, que nos molda e nos dá um destino.
O mês de Outubro, tem sido cheio. Cheio de tudo, de sentimentos, de desafios, de tristezas, de partilhas, de luta,  portanto, seguindo a lógica do meu pensamento, tem sido um mês de (re)criação de ilusões.
Ontem, a minha melhor amiga fez anos. Brindei intensamente à sua vida e agradeci, em jeito de segredo, a bênção que me foi concebida na capacidade que tenho em criar ilusões nas relações que mantenho com os meus.
Hoje, outra amiga, muito especial, aqui do coração comemora tambem a sua vida! E eu agradeço mais uma vez a ilusão que fomos capazes de criar no que diz respeito à nossa relação. Fomos corajosas e decididas desde o primeiro dia,e já lá vão muitos anos, acerca do que queríamos uma da outra. Uma relação. Um sentimento. Uma presença de espírito, eterna. Que a meu ver, terminará, quando um dia, nós terminarmos tambem.
Hoje, finalmente o pai de uma outra grande amiga,acaba de falecer. Tinha 49 anos, sendo que o último o viveu, a maior parte do tempo, na ilusão de combater uma doença terminal. Estes últimos dias, foram praticamente de agonia.Agonia para ele e para os demais que o amam e continuarão a amar, enquanto houver ilusão.
Posto todos estes acontecimentos dos últimos dias, constato que de facto, tanto na alegria como na tristeza é a ilusão que faz com que tenhamos uma atitude construtiva ou destrutiva sobre todo e qualquer acontecimento.
Acontece que, por vezes, essa é ilusão constante em que vivemos é fortemente abalada pela confusão que a realidade nos impõe e pelo cansaço. E nessas alturas, sentimo-nos perdidos, frágeis, vulneráveis. Ainda bem que assim é. A meu ver é neste ponto que voltamos a (re)criar as tais ilusões, aquelas sem as quais nos seria impossível viver e que obrigatoriamente têm de ser renovadas ao longo de  todo o nosso caminho.  Elas, na verdade, não são mais do que aquilo que queremos fazer com a realidade mesmo quando não sabemos o que dela queremos.E hoje eu espero que nos 3 casos que acima referenciei, todas elas encontrem de novo a melhor ilusão para viverem com a realidade que as desafia. Parece-me que as três, em particular, estão numa fase de rever as suas ilusões. Ora não é engraçado...? Não há coicidências, dizem, mas às vezes há "timings" que nos fazem pensar...
A mim, resta-me agradecer, a forma como felizmente tenho conseguido iludir a minha vida, particularmente neste campo, no campo da amizade, das relações. É que sou uma felizardo pelo facto de ter por exemplo, estas 3 pessoas fantásticas na minha  vida. E há dias em que isso me basta para me sentir tranquila e
satisfeita com o que ando cá  fazer...

14 outubro 2010

Brisando again

...E não é que hoje a porra da máquina da Brisa pediu-me para ler o cartão MB 4 vezes!!!!!
Não há pachorra, não há mesmo. Pelo menos eu não a tenho...

Coisinha que as pariu que me deixam tão, mas tão arreliada que se o senhor que conduzia o veículo atrás do meu, ousasse, por ventura buzinar, meu Deus,eu ia-me a ele!

Ora posto isto, Muito BOM DiA

:)

Chateando no Face

Será normal dizermos ao nosso pai que gostamos muito dele e no milésimo de segundo seguinte ao click do "enter", sentirmos as nossas mais sinceras lágrimas a jorrarem-nos pelo rosto?
Não sei... Poderá isto dizer tanta coisa...
E sobre a normalidade? Quem me poderá falar sobre ela de uma forma que eu acredite?
Existirá?
Tambem não sei, mas gosto muito do meu pai. Muito.Só não o digo muitas vezes.


13 outubro 2010

O bicho

E se um dia, depois de uma visita ao médico, nos dizem, por outras palavras, qualquer coisa como:
Tens um mês para comer tudo aquilo que gostas, para beber tudo o que desejas e desconheces, para amares tudo aquilo que ainda te falta amar, para veres tudo aquilo que ainda não viste, para sentires tudo aquilo que nunca sentis-te ou que te esqueces-te de sentir.
Tens um mês de consciência para fazeres o que mais desejas. Depois disso, terás o vazio e a lembrança dos outros que perpetuarão a tua passagem por as suas vidas.
Foda-se, é injusto.
O maldito bicho, vai acabar por mais cedo ou mais tarde, nos comer a todos. E nós, senhores das descobertas impossíveis, por enquanto, nada podemos fazer em relação a isso, a não ser esperar nesta roleta russa e cuidarmos dos nossos, daqueles que foram atingidos em cheio.
Estou triste.

01 outubro 2010

O caminho de volta

I

Eu não sei mais o que fazer para te dar o melhor de mim. Quando dou, não o reconheces, ou melhor, não me reconheces. Como fera ferida, fujo.E hoje, já nem ataco, limito-me a partir para ir para a minha zona de conforto: a Selva.
Sabes porquê? Porque na verdade, hoje a selva parece-me um lugar cada vez mais equilibrado.Lá, cada espécie cresce à sua velocidade, cresce consoante as suas necessidades, ambições e limitações.Lá, todos vivem harmoniozamente com as suas diferenças, respeitando espaços,erros, decisões e hoje em dia, lá, na selva, até já sabem perdoar. Imagina...
Estou mesmo muito cansada da tua casa perfeita. Arrumada, limpa,sozinha, longe dos bichos, dos rios, das tribos, na verdade, longe da vida, a vida,aquela que ninguém sabe como tem de ser vivida.
Estou cansada do teu constante desagrado com a vida.Estou triste com a tua descrença.
Sabes, é que já levo quase metade da minha a tentar arranjar a tua.
Começo a ter alguma dificuldade em confiar em ti. E sabes que em ti, confio a vida. Ainda.
Tão bem deves saber que é à selva que pertenço. Foi lá que me encontras-te. Assim, tal e qual como uma espécie do meu habitat, no dia em que não te confiar a vida, não vou conseguir ficar.
Jamais te deixarei pois és parte da minha identidade e não me arrependo de nada. Nada.
Faria tudo de novo. Talvez seja essa a diferença. E tenho-te um amor muito maior que a fugacidade de uma paixão intensa. És mais, muito mais do que isso.E isso ,na selva, é tanto...
Hoje vim de lá, correndo descalça, para tentar lembrar-te de quem eu sou, de onde vim e para onde provavelmente irei, mais dia menos dia.
Porque nós somos da nossa essência e quanto mais me afasto do teu bairro moribundo mais sinto que tambem tu, no fundo, gostas é da selva.
Sabe que serás sempre bem vinda. Só tens de aceitar e de (re)aprender a amar.Se tu quiseres, eu ainda te consigo ajudar.
Não demores é muito  a decidir, porque  a mim tambem já me começa a faltar o TEMPO.
E por favor, pára de me magoar,não aguento muito mais essa tua intelegência emocional burguesa.
Eu só quero voltar para casa, em paz...

...

Desafio


Paula Rego
Sem titulo